Vivemos um momento político, econômico, tecnológico, sanitário e empresarial sem precedentes na história recente da humanidade. Todo este movimento gera muitas incertezas quanto ao futuro dos negócios. Empresários questionam o propósito de suas organizações e, mais que isso, sua própria perenidade em curto/médio prazo.
E não nos referimos somente à questão mais visceral que é a sanitária, consequência da pandemia da COVID-19, mas a todos os fatores externos que compõem o cenário futuro, como a preponderante e avassaladora questão econômica, com incertezas sobre lockdowns e medidas restritivas em geral. Com a viabilidade de empresas em jogo, a forma de fazer negócios está em xeque.
Tudo isso se concatena na expressão “Mundo VUCA”, que surgiu em 1990 com o final da Guerra Fria. Na época, os Estados Unidos esperavam que o desfecho da guerra fosse favorável a eles, mas perceberam que estavam diante de um cenário imprevisível e hostil. “Mundo VUCA” vem de um acrônimo que descreve quatro características peculiares do cenário em que estamos: Volatilidade (Volatility), Incerteza (Uncertainty), Complexidade (Complexity) e Ambiguidade (Ambiguity).
A tecnologia e a inovação disruptiva, surgem como agendas obrigatórias para a sobrevivência das empresas, mas trazem consigo toda dificuldade de adaptação dos status quo a esta nova realidade. E estamos falando de uma questão de sobrevivência das organizações, não simplesmente de melhoria contínua, de busca de novas oportunidades e de novos mercados.
Metodologias ágeis, como Scrum, Kanban, Smart e Lean, contribuíram para acelerar o desenvolvimento tecnológico. Os métodos ágeis se desenvolveram na área de TI para resolver problemas comuns em gerenciamento de projetos e, por isso, eles foram rapidamente adotados por outras áreas e para projetos além dos de tecnologia.
Diferentemente dos modelos tradicionais, as metodologias ágeis propõem ciclos de desenvolvimento curtos, com entregas bem definidas e foco na melhoria contínua dos processos e de alinhamento da equipe. Assim, a identificação de erros e falhas durante a execução do projeto passou a ser mais ágil e os envolvidos ganharam em termos de facilidade e flexibilidade para promover adaptações e evitar que problemas específicos afetassem o resultado final.
Temos um cenário externo mais do que preocupante e muitas necessidades urgentes a serem implementadas com tecnologia e novas metodologias que podem ser benéficas. Isto posto, começamos a pensar sobre o “core business” da companhia, o grau de maturidade organizacional, a solidez financeira da empresa, o mercado consumidor e os recursos humanos. Será que estamos preparados?
Em nossa abordagem humanista, entendemos que, assim como os seres humanos, a companhia deve tomar consciência de que está enfrentando um problema e buscar ajuda de um profissional. Entender que a empresa está atravessando um momento sem precedentes e que a solução depende de um mergulho profundo no seu interior para buscar a solução mais adequada para a sua necessidade. Esta é a resposta. É por isso que fazer um Diagnóstico é a primeira ação de um médico.
Para nós, Diagnóstico Empresarial envolve o conhecimento completo e holístico de todo o ambiente interno da companhia, para depois avaliar o externo.
Na maioria dos casos, a causa raiz dos problemas está nas entranhas da própria empresa, e não no ambiente externo. É necessário identificar as forças e fraquezas, as vulnerabilidades e os riscos sistêmicos, processuais e humanos envolvidos em toda a operação da companhia.
Nesse sentido, um bom Diagnóstico Empresarial deve se preocupar em entender com profundidade as seguintes disciplinas dentro da organização:
· Governança & Sucessão
· Finanças & Controladoria
· Inteligência de Mercado
· Marketing & Comercial
· Inovação & Tecnologia
· Recursos Humanos
· Operações & Produção
· Logística & Distribuição
A partir do domínio absoluto dessas informações e do aprimoramento dessas disciplinas, o paciente (empresa) deve ser encaminhado aos cuidados de um especialista.
Este especialista deve prescrever a receita para o tratamento da enfermidade que pode ser ministrado por ele mesmo, ou por outro profissional que tenha ainda mais experiência e especificidade sobre o tema.
Uma vez ministrado o tratamento e analisado cenário externo, o paciente está apto a alçar voos mais altos em termos tecnológicos, mercadológicos, metodológicos e financeiros.
Mas isso tudo é para ontem. Não podemos mais esperar, pois corremos muitos riscos de sobrevivência. Então a hora é de diagnosticar!!!
Diagnosticar para planejar. Planejar para implementar. Implementar para minimizar chance de erro, porque o cenário atual não permite mais margem para errar. O mundo é o dos que estão melhor preparados e, com isso, têm maior chance de êxito perante todas as adversidades que estamos vivenciando.
Sobre o autor:
André Vidmar é consultor há mais de 15 anos, especializado em Gestão Estratégica-Orçamentária, Gestão de Performance e Finanças. Sócio Fundador e CEO na Soluções
Certas, Oficina de Franquias e Instabanco.
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